domingo, 27 de dezembro de 2009

despoluindo - Scarlett Johansson





Top - David Cronenberg


01. Marcas da Violência - 10
02. Crash - 10
03. Gêmeos - 10
04. Senhores do Crime - 10
05. Mistérios e Paixões - 10
06. eXistenZ - 10
07. Spider - 10
08. A Mosca - 10
09. Na Hora da Zona Morta - 8
10. Videodrome - 8
11. Calafrios - 7
12. A Enraivecida na Fúria do Sexo - 7
13. Scanners - 6
14. Stereo - 1
15. Crimes do Futuro - 0

Top - Irmãos Coen


01. Barton Fink - 10
02. Queime Depois de Ler 10
03. Onde os Fracos Não Têm Vez - 10
04. O Grande Lebowski - 10
05. O Homem Que Não Estava Lá - 10
06. Ajusta Final - 10
07. Fargo - 10
08. Gosto de Sangue - 10
09. Na Roda da Fortuna - 8
10. E Aí, Meu Irmão, Cadê Você? - 8
11. Arizona Nunca Mais - 8
12. O Amor Custa Caro - 6
13. Matadores de Velhinhas - 5

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Star Wars - Uma Nova Esperança (George Lucas, 1977) - 9


Tem coisas que me incomodam nesse filme, pra começar, o começo. Os primeiros 5 minutos são bons, a primeira aparição do Vader, saindo do meio dos soldados imperiais, com a imponência que lhe seria de costume, aquela respiração se misturando com a músiquinha classica do império... putz, não teria como não se tornar um personagem clássico, e o tom de ameaça é passado muito bem. A merda é logo depois, quando os dróides caem em tatooine a coisa chega a feder por um tempo. O pessoal vai me matar, mas eu acho que o episódio 1 consegue passar de forma bem mais interessante a desinteressante vida do anakin do que nesse aqui com a do luke. É um negócio mecânico demais, sem cuidado, sem charme, sem diferencial nenhum. Os caras pareciam estar no piloto automático, totalmente entediados por terem que filmar aquilo já que era importante narrativamente, mas loucos pra pularem pra parte onde o luke aceita a missão, e isso demora muito. O que essa parte é? os dróides fazendo babaquices constrangedoras (po, é a pior parte deles na trilogia), o luke reclamando da vida e etc. parece um harvest moon espacial, muito tempo focado em probleminhas banais do luke. O clima aqui foi muito mal cuidado, e na boa, Luke sem Leia, Solo, Yoda ou alguém ao lado dele, é um personagem totalmente desinteressante. Quando o Obi Wan surge, lá por uns 30 e poucos minutos, as coisas começam a melhorar, mas só começa a ficar bom mesmo no momento em que encontram o Solo. Daí sim, tem alguns dos melhores momentos da saga. Todos os momentos envolvendo a Falcon são ótimos, principalmente ela sendo sugada pelo império, e parando ali, no meio dos lobos. o resgate na estrela da morte então... entre as melhores partes da saga. Mas eu ainda fico triste vendo aquela luta broxante do Vader com Obi Wan. =/ Mas beleza, limitações técnicas, só acho que não precisavam ter contratado o coreógrafo do Lion Man. Agora a parte que me irrita, o final ser limitado aquela batalhazinha de naves e o alvo "acerte aqui! acerte aqui!" que a maior fortaleza espacial do mundo carrega. Sim, claro, o que não pode faltar em uma fortaleza é um local desprotegido que se atingido, destruíria ela por completo. Mas esse absurdo da coerencia não seria problema caso a cena fosse filmada direito, mas tudo ali é bocejante, sensação de jogar um videogamezinho de naves do dynavision. Muito mais legal se tivessem estendido o filme todo na estrela da morte na hora do resgate, fazendo a batalha obi wan x vader como a última coisa do filme antes de alguém mandar tudo pros ares. O climax é muito broxante, sem sal. Resumindo acho o começo meia boca, o final ruim e o recheio delicioso. Na verdade isso não é tããão importante assim, mas é uma pena, pq poderia ser o melhor star wars de todo, ou pelo menos fazer frente com o império contra-ataca que é OP.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Deixe Ela Entrar (Tomas Alfredson, 2008) - 8


Bem bom mesmo. Trata todas as caracteristicas do vampirismo de uma forma "pura", dando o verdadeiro tom do fardo que é carregar, e sem parecer forçado no ambiente do filme que é bastante frio e real. Que olhar da guriazinha, consegue passar um negócio angelical e sanguinário ao mesmo tempo. O cara consegue criar cenas muito boas mesmo, sabe bem como usar uma narrativa mais lenta, um passeio de câmera, criar imagens paradas com força visual forte e etc, sem parecer aquela coisa irritantemente guns vanstesca. o final na piscina é muito bom. Mas mesmo assim, acho que gostei menos que a maioria.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Depois de Horas (Martin Scorsese, 1985) - 10


uou, que scorsa diferente! dos que to acostumado, pelo menos, já que falta muita coisa do cara. Tem um estilão David Lynch, mas em vez de explorar o bizarro de uma forma mais pesadona, que pareça ter saído de um pesadelo, aqui é mais surto mesmo, como se tivesse caído em uma dimensão paralela, parece um gibi que li uma vez do mickey onde ele cai em uma ilha da fantasia, só que aqui tem muita perversão. É como se cada janela daquele espaço abrigasse uma personalidade alienigena, tu se sente orfão o tempo todo, sem a quem recorrer, e isso tudo não no sentido de tensão, mas sim de curtir as bizarrices e onde o cara se meteu. que mundo é esse?! Bah, que Scorsa bom aqui, e engraçado, o melhor dos que já vi disparadaço mesmo.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

sábado, 12 de dezembro de 2009

The Wonders - O Sonho Não Acabou (Tom Hanks, 1996) - 9 ou 10


bah, que filme delicioso. Diferente de Quase Famosos onde mostra um bastidor mais sujo (nem tanto), mais viciado e etc, aqui o Hanks acerta em cheio ao mostrar toda aquela ingenuidade apaixonante, aquela empolgação diante do primeiro show, da primeira vez que a música toca na rádio etc. Filme muito honesto, não tenta pseudalizar nada, praticamente mostra apenas a desvirginação da gurizada ao estrelato, passo a passo, curtindo cada momento, cada avanço. transborda fofutice mesmo, gostoso pacas. E a Liv Tyler mexendo os ombrinhos é de doer de tão linda. Queria uma pra mim. *.*

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Atividade Paranormal (Oren Peli, 2009) - 1


Fraco, muito fraco, e a tentativa de tensão crescente falha miseravelmente. sério, era pra eu ficar tenso em ver aquele tabuleiro pegando fogo? em ver um lençol levantando? em ver pegadas de farinha no chão? chego a achar esse filme arrogante demais, ele esnoba todo recurso que o cinema pode oferecer pra poder criar uma atmosfera boa, toda liberdade que tu tem pra criar universos, modificar eles, utilizar elementos reais misturados com ficcionais pra poder intensificar a experiência cinema como um todo e etc; simplesmente pra se vangloriar de ser extremamente fiel a supostos acontecimentos reais. Sim, em uma hora da noite uma porta bate, isso poderia ser real. um lençol se movimenta, poderia ser real.. e etc. Isso são acontecimentos com uma capacidade extrema de assustar quando vividos por alguém, quando lidos em algum artigo, quando ouvidos de outra pessoa... Claro que sim, pq aí é sua realidade e como a conhece sendo posta em dúvida. Não é uma mentira. Mas o cinema É uma mentira. É uma mentira consciente e voluntariosa que tu paga para assistir. Esse cara não pode esperar que as duas linguagens do medo se misturem, se confundam. Eu ver na minha casa um lençol se movimentando do nada, eu vou me cagar de medo e correr pra mãe, agora eu assistir um lençol se movimentando no cinema, da forma mecânica que foi, fria, sem clima... é nada. Eu não vou me assustar, eu não vou ficar tenso, ele tem que criar isso, ele tem que criar a atmosfera, o clima... Não jogar na tela coisas que supostamente meteriam medo na vida real achando que vai funcionar também, sem cuidado algum. O cara se da o luxo de abdicar tudo isso. Nossa, é uma vergonha isso aqui.

Top de todos os tempos (um por diretor)


Vou fazer uma coisa que nunca tinha feito, até pq sou meio contra isso, que é fazer top sem repetir diretor. Vejo muitos fazendo isso e acho uma bobagem, não tem muito sentido tu deixar de cita-lo mais de uma vez pra colocar outro que tu considere que tenha uma qualidade inferior. Sério, não entendo. Mas vou brincar dessa forma também apenas uma vez, pra ver o que saíria, e deixando claro que meu top de todos os tempos original seria bem diferente desse (a não ser os 3 primeiros, são isso mesmo). vá lá:


01. Bastardos Inglórios (Quentin Tarantino, 2009)
02. Memórias de Um Assassino (Bong Joon-ho, 2003)
03. Antes do Pôr do Sol (Richard Linklater, 2003)
04. De Volta Para o Futuro (Robert Zemeckis, 1985)
05. O Iluminado (Stanley Kubrick, 1980)
06. 3 Homens em Conflito (Sergio Leone, 1966)
07. Marcas da Violência (David Cronenberg, 2005)
08. Eles Vivem (John Carpenter, 1988)
09. Zona de Risco (Chan-wook Park, 2000)
10. Kairo (Kiyoshi Kurosawa, 2001)
11. Encontros e Desencontros (Sofia Coppola, 2003)
12. Dog Soldiers (Neil Marshall, 2002)
13. Barton Fink (Irmãos Coen, 1991)
14. 12 Homens e Uma Sentença (Sidney Lumet, 1957)
15. As Pontes de Madison (Clint Eastwood, 1995)
16. Um Tiro na Noite (Brian De Palma, 1981)
17. Blackout (Abel Ferrara, 1997)
18. Manhattan (Woody Allen, 1979)
19. Alta Fidelidade (Stephen Frears, 2000)
20. A Felicidade Não se Compra (Frank Capra, 1946)

Anticristo (Lars Von Trier, 2009) - 8


Beleza quem acha que esse filme se agarra em metáforas, mas comigo, independente de qualquer uma, ele funcionou de forma bem boa pela simples imagem escorrida e o significado imediato dela.

Ignorando por enquanto o fator mulher e as metáforas que ele pode ter depositado nesse ser, na primeira hora e pouquinha o meu sentimento foi de acompanhar uma espécie de experimento emocional dos mais horripilantes, nojentos, que já assisti, criado por um dos personagens que mais me causou incômodo, e não falo dela, e sim dele. Como se toda atmosfera, o ambiente daquele lugar, fosse um laboratório que intensificasse a podridão emocional da sua cobaia.

O personagem que o Dafoe criou, confesso, me gelou em certas partes. A natureza racional dele, frieza, criando jogos do medo, experimentos de cura através de injeção de dor, de traumas... como se o remédio pra uma queimadura fosse enfiar a mão no fogo. Ok quem não considera cinema, quem não considera terror, mas o que eu vi em boa parte do filme é cinema, é terror, e dos bons.

Até que a reviravolta acontece, e a vítima não é mais vítima, na verdade não existe mais vítimas, apenas filhas da puta. Eu entendo perfeitamente quem diz que isso vai totalmente contra suas preferências, visão etc, quanto a cinema. Que a personalidade afetada do diretor tenta ser mais importante que a imagem, e ganha uma imponencia irritante, mas de qualquer forma, pra mim falha, e ainda resta muita coisa boa. Principalmente o contraste doentio do casal. Um que durante o filme todo mostra uma racionalidade, frieza enojante, um facinio pela deblitação emocional, como se sentisse prazer em dar agulhadas na alma, enquanto ela se mostra o oposto disso, uma pessoa pulsante, necessitada pela dor explicita, fisica, pelo sangue, pelo sofrimento externo, o mal se manifestando de todas as formas naquela floresta. Tem várias coisinhas que me incomodaram, mas acho que bem menos que pra maioria, mas no geral, funcionou comigo.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Top - Quentin Tarantino


01. Bastardos Inglórios - 10
02. Pulp Fiction - 10
03. Cães de Aluguel - 10
04. Kill Bill Vol 1 e 2 - 10
05. Death Proof - 10
06. Jackie Brown - 10

Top - Abel Ferrara


01. Blackout - 10
02. New Rose Hotel - 10
03. O Rei de Nova York - 10
04. Vício Frenético - 10
05. Ms.45 - 10
06. Invasores de Corpos - 10
07. O Assassino da Furadeira - 10
08. Os Chefões - 10
09. Os Viciosos - 10
10. Olhos de Serpente - 10
11. Maria - 9

O Assassino da Furadeira (Abel Ferrara, 1979) - 10


Finalmente vi esse. Não é só o Ferrara mais surtado, mas sim um dos filmes mais surtados que assisti. Ninguém cria um mundo tão podre quanto o Ferrara, mas depois de ver esse aqui da pra notar que ele até se conteu nesse sentido nos filmes posteriores. Na verdade ele cria quase um universo alternativo, onde a podridão, irracionalidade, perversão etc não são apenas as caracteristicas mais evidentes, mas sim as únicas possíveis. É um mundo morto, coberto por lama, quase que uma conexão com o inferno já contagiada. E aquela furadeira perfurando corpos gratuitamente. É muito do mal, é como se fosse aquela murrinha que fica acumulada na piça, nojento, fedorento. Só que ao contrário disso chega a ser op. Quem não gosta desse é mulherzinha ou uma bichinha louca.

Dog Soldiers (Neil Marshall, 2002) - 10


putz, esse cara sabe criar tensão! e tava falando com o araujo ontem no msn, que estilo forte, marcante, em pouco tempo tu reconhece o sujeito de abismo do medo. aqui ele constrói todo o seu clima em uma espécie de night of the living dead mais porra loucona, mostra os lobinhos sempre com uma imponência assustadora, nunca gratuitamente, sempre passando a sensação de "ih, fudeu" toda vez que eles aparecem. Consegue usar toda a limitação do ambiente como um amplificador de tensão, é como se aquela casa fosse feita de isopor, e os lobinhos pudessem derruba-la com um sopro (hãhã), faz com que tu se preocupe tanto com a munição quanto eles próprio, repare em cada janela, fresta... E mesmo adorando Abismo do Medo, esse aqui chega a ser bem superior em todos os sentidos. Além de tudo, esse negócio é elegante demais. A selvageria rola solta, sim, tripas e etc (aliás, tem uma cena envolvendo tripas que é genial), mas no meio de tudo isso ele ainda consegue espaço, pra, por exemplo, pausar o filme e fazer um personagem tocar piano enquanto ele desfila com a câmera do lado de fora, mostrando a lua refletindo uma luz azul sobre a névoa, enquanto o uivo dos lóbisomens parecem acompanhar a música, e isso não parece deslocado, já que logo em seguida mostra todo o peso de cada sobrevivente naquela cabana, dando uma impressão de conformismo com a morte arrepiante. É alto nível isso aqui mesmo, tem cenas excepcionais. olha, entre os 10, 15 melhores da década, por aí, não acho que to exagerando. Isso aqui vai muito além de Abismo do Medo.

Recentes.




Vou começar a acumular os filmes que tenha visto aqui, com comentário ou não. Em negrito e na foto, o melhor.


01. 500 Dias com Ela (Marc Webb, 2009) - 10
02. Adventureland (Greg Mottola, 2009) - 10
03. Zombieland (Ruben Fleischer, 2009) - 10
04. Eu Te Amo, Cara (John Hamburg, 2009) - 10
05. Jogos Mortais VI (Kevin Greutert, 2009) - 5
06. Dog Soldiers (Neil Marshall, 2002) - 10
07. O Assassino da Furadeira (Abel Ferrara, 1979) - 10