sábado, 12 de janeiro de 2013

14. Frankenweenie (Tim Burton, 2012)

Não sou nada fã do estilo estético do Burton ou da alegoria de personagens bizarros que ele costuma apresentar. Raras exceções em que achei que ele se saiu realmente bem. Normalmente acho tudo exagerado demais pro meu gosto, então não é de se espantar que um filme mais simples e menos extravagante dele tenha mais chance de ser do meu agrado, já que talento eu reconheço que ele tenha. E esse Frankeweenie realmente me pegou. É simplesmente uma delícia acompanhar o cachorrinho Spark saltitando, e cheirando, e correndo, e explodindo de alegria cada vez que fica perto do seu amigo. É uma abordagem tão honesta do como é essa relação criança e seu cachorro que fica impossível não se identificar. E quando a tragédia acontece e a dor é posta daquela forma tão pura e real, todo o esforço para reverter é comprado imediatamente pelo expectador. Fazendo até com que as lições de moral clichês que normalmente seriam postas em prática, como a morte acidental ou natural ser um caminho irremediavel e que deve ser respeitado, não se enquadrem aqui. Eles são os melhores amigos do mundo e merecem continuar assim por muitos anos ainda, e se a morte tentou impedir isso, ela que está errada e que deve esperar. E por isso aquele esforço coletivo final é tão bonito. Pra mim está entre os três melhores filmes do Tim Burton.

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